quinta-feira, 8 de setembro de 2011


Amanhã tomarei uma dose em tua homenagem em frente ao mar... no mesmo local onde você me ensinou tudo o que eu não aprendi sobre navegação. Em frente ao mar que eu sempre pedia pra ver quando estava contigo. Onde você se entusiasmava a cada palavra... e eu me perdia entre o cheiro de maresia e o espumar das ondas. Eu vou quebrar tua abstinência babaca e mandar servir um duplo pra ti. E eu vou rir da tua idiotice por não me ouvir. Por ter acelerado o teu curso. E eu vou te odiar por isto também. E quando meus olhos estiverem tão embaçados que eu não dintinga mais o céu do mar, verei você passar à bordo de um rebocador, teus cabelos que eu amo cingidos pelo vento. E você vai olhar para mim e sorrir. E eu vou sorrir e chorar e gritar e gargalhar e acenar e pular e te mandar beijos até você desaparecer. E eu voltarei ali muitas vezes: por mim; não por você. Para respirar fundo e sentir a maresia e o vento e ouvir as ondas quebrando nas pedras como eu sempre quis. Para me lembrar que ali é o meu lugar. E que eu quero viver. Viver muito.

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