sábado, 16 de maio de 2009

No dia seguinte à primeira vez em que ficamos juntas, fomos à padaria onde ela ia todos os dias. Ela me disse que parecia que estava escrito em nossas testas o que tinha acontecido: que o balconista nos olhava com malícia enquanto pegava os pãezinhos; que até a velhinha conversando com a garota do poodle falava sobre nós. Disse isso não com vergonha, mas com um certo orgulho. Seus olhos brilhavam. A única coisa que eu sabia era que eu me sentia tão livre, tão fresca, como se acabasse de tomar um banho de cachoeira. Um dia, no meio da tarde, ela me disse pra deitar no braço do sofá. Não pediu, ordenou com o olhar cheio de desejo. Obedeci. Me abriu toda com a língua. Nunca me senti tão fêmea.

Foto: Amanda Com

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