quinta-feira, 21 de maio de 2009

Só quando ele se foi é que me dei conta do que ele deixou. Senti um arrepio na espinha e um movimento interno que era como um vento desarrumando tudo dentro de mim. Junto dele eu tinha ficado metade, morrendo de medo que a hora passasse depressa, louca pra olhar no olho dele o tempo todo, pra não esquecer de nada depois. Como se eu tivesse essa escolha... como se um dia eu tivesse feito alguma escolha depois dele. A sensação era tão forte, que dava vertigem e uma vontade louca de correr nua pra rua. De pedir asilo a qualquer um: me beija, beija a minha boca, não me deixa morrer desse jeito!...


Foto: Jarek Kubicki

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